Dois novos satélites estão agora em órbita da Lua, e podem revelar se consumiu uma irmã há muito tempo atrás.
As sondas GRAIL, que foram lançadas em conjunto em Setembro, entraram em órbita lunar separadamente a 31 de Dezembro e a 1 de Janeiro.
Estão desenhadas para produzir o mapa mais detalhado jamais obtido do campo gravítico da Lua, que é disforme graças às suas montanhas, crateras, fluxos de lava e outras irregularidades - o lado oculto da Lua é muito mais montanhoso do que o seu lado visível, por exemplo.
"Não sabemos o porquê dos lados serem tão diferentes," afirma a cientista principal da missão, Maria Zuber do Instituto de Tecnologia do Massachusetts em Cambridge.
Uma teoria é a de que a Terra já teve duas luas, e que a segunda colidiu no lado oculto a baixa-velocidade, criando as terras altas. As GRAIL vão pesquisar sinais de tal colisão.
Orbitando a apenas 55 km, os satélites gémeos vão usar sinais de microondas para medir a distância entre eles, que varia consoante a atracção do terreno por baixo, até uma precisão da largura de um cabelo humano.
Espera-se que o mapa gravítico resultante seja 100 vezes mais preciso do que o actual, para o lado visível, e 1000 vezes para o lado oculto. "Quando melhoramos por um factor de dois, aprendemos muito, e melhorar por um factor de 1000 é transformativo," afirma Zuber.
As baterias e painéis solares de ambas as sondas estão gerar mais energia do que o esperado. Zuber pensa que terão energia suficiente para sobreviver um eclipse lunar em Junho - quando a Terra bloquear a luz solar. Isto permitirá às sondas continuar a operar durante mais seis meses.
Se tal acontecer, a equipa diminui a altitude das sondas até uma órbita corajosa de apenas 25 km por cima da superfície. Isto permitirá o estudo da estrutura das crateras até um diâmetro mínimo de 15 km - "o tamanho mais comum das características dos planetas terrestres," afirma Zuber.
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